Cláudia Fonseca, The De-Kinning of Birthmothers

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FONSECA, Cláudia. The De-Kinning of Birthmothers: Reflections on Maternity and Being Human. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 8, n.2. July to December 2011. Brasília, ABA. Available at https://vibrant.org.br/issues/v8n2/claudia-fonseca-the-de-kinning-of-birthmothers/

Abstract

Bringing together different strands of social analysis – the work on violence and subjectivity, legal anthropology and studies on kinship practices –, I propose in this article to treat a woman’s giving away her child as a form of social suffering. Rather than focusing on the more spectacular phenomenon of “traffic” and “abduction” of children, I approach the “everyday violence” in adoption practices. In particular, I propose to demonstrate how legal plenary adoption emerges as a form of state-organized bureaucratic violence that “further burdens experience”. Following this line of reasoning, I investigate the “de-kinning” of birthmothers, i.e., the institutionalized effort that goes into undoing the naturalized category of biological motherhood. However, my major question, treated in the second half of this text, will be: how is this process experienced by those most involved? Altogether, my purpose here is to follow through on situations in which the analysis of discourse and practice reveal the ambivalences of social experience, introducing new elements into policy debates, and enlarging on the creative possibilities of kinship’s “plasticity”.

Keywords: violence and subjectivity; legal anthropology; kinship practices; social suffering

Resumo

Lançando mão de diferentes linhas de análise – da violência e subjetividade, da antropologia legal e das práticas de parentesco –, proponho nesse artigo considerar a entrega de uma criança em adoção como uma forma de sofrimento social. Em vez de enfocar o fenômeno espetaculr de “trafico” ou o “rapto” de crianças, examino a “violência cotidiana” na prática rotineira de adoção legal. Em particular, viso demonstrar como a adoção plena emerge como uma forma de violência burocrática estatal que arrisca aumentar o sofrimento que pesa sobre a experiência. Conforme essa linha de raciocínio, investigo o “de-kinning” de mães de nascimento, i.é., o esforço institucional investido em desfazer a categoria naturalizada da maternidade biológica. Contudo, minha questão principal, elaborada na segunda parte desse texto, é como esse processo é experimentado pelas pessoas mais envolvidas. Ao todo, meu propósito é olhar de perto situações nas quais a análise de discursos e práticas revela as ambivalências da experiência social, introduzindo assim novos elementos nos debates sobre políticas sociais, e ampliando as possibilidades criativas da “plasticidade” do parentesco.

Palavras-chave: violência e subjetividade; antropologia legal; práticas de parentesco; sofrimento social

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