Paula Montero, “Religion, ethnicity, and the secular world”

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MONTERO, Paula, “Religion, ethnicity, and the secular world”. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 11, n. 2. July to December 2014. Brasília, ABA. Available at https://vibrant.org.br/issues/v11n2/paula-montero-religion-ethnicity-and-the-secular-world/

Abstract

This paper explores the contrastive, or even contradictory, relations established between ‘religions’ and ‘ethnicities’ and what is by convention called the secular world in the conception of contemporary multicultural and post-secular democracies. When and why are ‘religions’ and ‘ethnicities’ perceived as a challenge to the political system? We draw on the literature that addresses the challenges posed by the growing presence of Muslim populations in Europe in order to analyze the confrontation in Brazil between Neo-Pentecostal and Afro-Brazilian groups. Our purpose is to understand why, differently from the European conflict, in which Muslim minorities are perceived as a simultaneously ethnic and religious challenge, conflict in Brazil occurs in a doubly inverted relation. Afro-Brazilian religions have built a positive relation to Brazilian nationality and have been acknowledged as religions by the State. In contrast, Neo-Pentecostal religions, although legally recognized, are weakly connected to Brazilian nationality.

Key-words: tolerance, multiculturalism, secularism, ethnicity.

Resumo

Este trabalho explora as relações contrastivas e até mesmo contraditórias que, na concepção das democracias multiculturais e pós-seculares contemporâneas, as ‘religiões’ e ‘etnias’ mantêm com o que se convencionou chamar de mundo secular. Interessa-nos compreender quando e por que ‘religiões’ e ‘etnias’ são percebidas como um desafio ao sistema político. Inspirados na literatura que enfrenta os desafios colocados pela crescente presença de populações islâmica na Europa, tomaremos como referência empírica de nossa análise alguns confrontos entre grupos neopentecostais e afrobrasileiros de modo a compreender por que, ao contrário do conflito europeu, no qual as minorias islâmicas são tomadas ao mesmo tempo como desafios étnicos e religiosos, no caso brasileiro o conflito se estabelece em uma relação duplamente invertida. As religiões afrobrasileiras conquistaram uma relação positiva com a nacionalidade e assim foram reconhecidas como religião pelo Estado. Em contrapartida os neopentecostais, embora legalmente reconhecidos, mantêm uma relação frágil com a nacionalidade.

Palavras-chave: tolerância, multiculturalismo, secularismo, etnicidade.

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