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REESINK, Edwin. Substantial Identities in ‘Rural Black Communities’ in Brazil: a Short Appraisal of Some Community Studies. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 5, n. 1. January to June 2008. Brasília, ABA. Available at https://vibrant.org.br/issues/v5n1/edwin-reesink-substantial-identities-in-rural-black-communities-in-brazil/
Abstract
Studies of “rural Black communities” only gathered momentum during the 1970s and 1980s. Various studies were undertaken on such communities within a research Project undertaken at the University of São Paulo which were made up of “Black” families and were termed “racial” rather than “ethnic”. However, with the passage of time, studies have preferred to use the term “ethnic groups”. Since they are substantial identities, Barth’s definition seems to apply. However, a careful study of the monographs produced shows that the utilization of the concept of “ethnic group” is questionable. In part this is due to a partial application of Barth’s definition and a problem with the definition itself. In part this is also because it is based on political will. The ethnicization of these communities has become a “fact” since the Constitution of 1988 defined “quilombos”. The problems that arise from the use of the concept of “ethic group” for these substantial identities seems in large measure to persist.
Keywords: maroon communities, rural communities, ethnogensis
Resumo
Os estudos de “comunidades rurais negras” somente ganharam algum impulso a partir dos anos 70 e anos 80. Vários estudos foram feitos dentro de um programa de pesquisa na Universidade de São Paulo sobre estas comunidades, que se constituem de famílias “negras”. Inicialmente, os estudos classificavam as comunidades mais como “raciais” do que étnicas; contudo, com o tempo, passaram a adotar mais a perspective de que se tratavam de “grupos étnicos”. Como são identidades “substanciais”, a definição de Barth pareceria se aplicar aqui. No entanto, a partir de uma revisão pormenorizada dessas monografias, observa-se como é questionável a aplicação da noção de “grupo étnico”. Em parte, isso deriva de uma aplicação parcial da definição de Barth e de um problema nessa mesma definição; e em parte, porque parece se tratar de uma vontade política. A etnicização destas comunidades se tornou um “fato” depois da provisão na constituição sobre “quilombos”. Os problemas, porém, na aplicação do conceito de “grupo étnico” para estas identidades substanciais, parecem em grande medida persistir.
Palavras-chave: Quilombos; negros; comunidades rurais; etnogênese