Download Article (PDF)
Michele Escoura, Formal attire from one side of the “bridge” to the other: the wedding market and class and gender relations inscribed in the territory of the city. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 14, n.3. September to December 2017. Brasília, ABA. Available at https://vibrant.org.br/michele-escoura-formal-attire-from-one-side-of-the-bridge-to-the-other-the-wedding-market-and-class-and-gender-relations-inscribed-in-the-territory-of-the-city/
Abstract
In Brazil, the sector of events and ceremonies had nearly US$5 billion in revenue in 2015, although more than just money revolves around this market. In this article, I accompany brides and grooms in the process of organizing their wedding celebrations between the geographic and economic extremes of the city of São Paulo. I demonstrate that in the Zona Leste [eastern zone] of the capital, in contrast to stores for the upper classes, the physical space of the market for bridal dresses is constantly claimed as a field of feminine power and that the time for preparation of weddings, in turn, is the materialization of a moral regime that is inclined toward collectivization. From relatives to God, everyone is involved in organizing weddings. Thus, I highlight how the territorial constitution of São Paulo – and the economic nuances impressed in the geographic distribution – alters social dynamics and transforms weddings into particularly distinct enterprises from one side of the city to another.
Keywords: gender, consumption, relatedness, periphery, wedding, São Paulo.
Traje a rigor de um lado a outro da “ponte”: mercado de festas de casamento e relações de classe e gênero inscritas no território da cidade
Resumo
No Brasil, o setor de eventos e cerimônias movimentou quase US$5 bilhões em 2015, porém mais do que dinheiro gira em torno deste mercado. Neste artigo, persigo noivas e noivos em processo de organização de suas festas de casamento entre os extremos geográficos e econômicos da cidade de São Paulo. Demonstro que na zona leste da capital, em contraste com lojas das classes altas, o espaço físico do mercado de vestidos de noivas é constantemente reivindicado como campo de poder feminino e que o tempo de preparação dos casamentos, por sua vez, é a materialização de um regime moral inclinado à coletivização: seja parente ou seja Deus, todos fazem a festa. Assim, destaco como a constituição territorial de São Paulo – e as nuances econômicas impressas na distribuição geográfica – altera as dinâmicas sociais e transforma os casamentos em empreendimentos particularmente distintos de um lado a outro da cidade.
Palavras-chave: gênero, consumo, relacionalidades, periferia, casamento, São Paulo.