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Claudia Barcellos Rezende, Trust, gender and personhood in birth experiences in Rio de Janeiro, Brazil. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 14, n.3. September to December 2017. Brasília, ABA. Available at https://vibrant.org.br/claudia-barcellos-rezende-trust-gender-and-personhood-in-birth-experiences-in-rio-de-janeiro-brazil/
Abstract
In narratives of birth of two age groups of middle class women in Rio de Janeiro, Brazil, they focused to a great extent on how their experiences had the participation of obstetricians and how trusting them was an important issue. In this article, I want to discuss the recurrent mention of trust in doctor-patient relations, seeking to understand its particular significance in the experiences of birth of the women studied and to contribute to a broader theoretical discussion of trust. Its meaning has to be placed in relation to women´s notions and experiences of pregnancy and birth, which are in turn tied to ideas of personhood, body, gender and are affected by their age group, social standing and race. I argue more generally that trust is not only about establishing cooperative relations, as it often appears in many social sciences studies. Treating trust as a moral relational idiom, I specify that it is more fundamentally about how people are thought to be and how they are expected to behave.
Keywords: childbirth, trust, doctor-patient relations, personhood, gender.
Confiança, gênero e pessoa em experiências de parto no Rio de Janeiro, Brasil
Resumo
Nas narrativas de parto de dois grupos etários de mulheres de camadas médias no Rio de Janeiro, o foco recaiu em grande parte no modo como obstetras participaram de suas experiências e na importância de confiar neles. Neste artigo, pretendo discutir esta menção frequente à confiança na relação médico-paciente, buscando compreender seus sentidos particulares nas experiências das mulheres pesquisadas e contribuir para os debates teóricos em torno da confiança. Estes significados devem ser entendidos em relação às noções e experiências de gestação e parto destas mulheres, que estão, por sua vez, articulados a ideias de pessoa, corpo, gênero e são afetados pelo grupo etário, posição social e raça. De modo mais amplo, argumento que a confiança não diz respeito apenas à formação de laços de cooperação, como aparece em muitos estudos nas ciências sociais. Ao tratar a confiança como um idioma relacional moral, aponto que esta noção remete fundamentalmente ao modo como as pessoas são pensadas e como devem se comportar.
Palavras-chave: parto, confiança, relação médico-paciente, pessoa, gênero.