PRAZO DE ENTREGA DE ARTIGOS ESTENDIDO A 10 DE SETEMBRO DE 2013
Editores: Eugênia Motta (pós-doc FAPERJ/PPGAS), Lucia Müller (PUC-RS), Federico Neiburg (PPGAS/Museu Nacional/UFRJ) e Fernando Rabossi (PPGSA/IFCS/UFRJ)
A VIBRANT receberá até o dia 31 de agosto de 2013 contribuições na forma de artigos, resenhas ou trabalhos audiovisuais para o dossiê “Etnografias da Economia”, a ser publicado na edição 11(1).
Nas últimas décadas do século XX e nos primeiros anos do século XXI, a palavra economia ganhou novos significados. Assistiu-se às consequências do fim do comunismo e da reimplantação do “regime de mercado” no Leste Europeu. Formaram-se novas unidades sociopolíticas, construídas com base em acordos comerciais, como o Mercado Comum Europeu, criado logo após a Segunda Guerra Mundial e que levaria à fundação da União Europeia e, em 2002, à substituição das moedas dos países-membros pelo euro. Pontos de vista divergentes proclamavam ou denunciavam a implantação de uma “ordem neoliberal globalizada”. Pouco depois, falava-se sobre o fim do “Consenso de Washington”; mais recentemente, a mais grave crise financeira desde 1929 trouxe novamente a economia ao primeiro plano do noticiário nacional e internacional. No Brasil, também foram verificadas grandes transformações. A população assalariada cresceu significativamente. Mais e mais pessoas passaram a lidar no dia a dia com bancos e tecnologias financeiras (cheques, cartões, contas, empréstimos, investimentos). Ocorreram mudanças nos padrões de consumo e generalizou-se a necessidade de usar dinheiro para obter objetos e serviços. Ao mesmo tempo, os profissionais da economia foram consagrados como figuras públicas, autorizados a diagnosticar e a resolver o que, segundo eles, seriam as principais questões de nossa época: inflação, crescimento, emprego e taxas de juros.
Expandiram-se as seções de economia nos grandes jornais, nas redes de TV e nas revistas de atualidade. Mercado, dinheiro, crédito, agronegócio, indicador, juro, risco, concorrência, empreendimento são só algumas das palavras que desenham o campo semântico da economia contemporânea, palavras estas que fazem sentido para camadas cada vez mais amplas da população, muito além do estreito círculo dos especialistas. Nesse campo semântico desenham-se também os assuntos pesquisados pelos antropólogos interessados pela economia em diálogo com a antropologia da ciência, das formas de regulação, e das transformações sociais. O presente dossiê tem como objetivo apresentar um conjunto de trabalhos que mostrem o dinamismo da antropologia feita no Brasil sobre esse processos, focalizando, especificamente os seguintes eixos: 1) as dinâmicas da economia popular; 2) as dinâmicas do credito e das finanças; 3) as relações entre mercados e formas de regulação; e 4) as relações entre práticas e as ideias econômicas dos especialistas e práticas e ideias econômicas ordinárias.
Autores devem submeter os seus textos aos editores desse dossiê, Eugênia Motta (pós-doc FAPERJ/PPGAS), Lucia Müller (PUC-RS), Federico Neiburg (PPGAS/Museu Nacional/UFRJ) e Fernando Rabossi (PPGSA/IFCS/UFRJ) através do e mail nucec.ufrj@gmail.com, e aos editores de revista pelo e mail vibrant.aba@gmail.com até o dia 31 de agosto de 2013.
Pedimos aos autores lerem com cuidado “Instructions for Authors”.