Village ornaments: familiarization and pets as art(ifacts) in Amazonia

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Village ornaments: familiarization and pets as art(ifacts) in Amazonia. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 13, n.2. July to December 2016. Brasília, ABA. Available at https://vibrant.org.br/issues/village-ornaments-familiarization-and-pets-as-artifacts-in-amazonia/

Abstract

The objective of this article is to discuss some reasons the Karitiana (Rondônia, Brazil) evoke to explain their ever-present desire to maintain familiarized or domesticated animals in their villages. Based on the ethnography of the relationships among the Karitiana and these animals, this paper enters into dialogue with the hypotheses formulated to explore the Amazonian people’s fondness for the company of non-human species. It also provides insights for rethinking these debates, advocating that Indians are particularly looking for beauty represented by the diversity of animals and by the arts of domestication, just like the aesthetics of conviviality as proposed by Joanna Overing. This aesthetic dimension of human-animal relations seems to be overlooked by theorists of domestication or familiarization because they consider these phenomena to be more techniques or technologies than arts. Renewed perspectives on human-animal relations can be opened by addressing the “arts of domestication” and avoiding an a priori opposition between technique and art.

Keywords: human-animal relations; domesticity; familiarization; art; aesthetics.

Enfeites de aldeia: familiarização e mascotes como arte(fatos) na Amazônia

Resumo

Este artigo discute o desejo sempre presente, entre os Karitiana (Rondônia), de ter animais domesticados ou familiarizados em suas aldeias. A partir da etnografia de seus animais de criação, dialoga com hipóteses formuladas para investigar o gosto dos povos indígenas pela companhia de seres não humanos, e defende que os povos indígenas procuram especialmente a beleza, representada pela diversidade de animais e pelas artes envolvidas na sua familiarização e na realização de um bem viver doméstico, que se traduzem em uma estética da convivialidade (Joanna Overing). Esta dimensão estética da relação com animais parece ter sido esquecida diante de trabalhos que abordam a familiarização e/ou a domesticação de animais como técnicas ou tecnologias e não como artes. Novas perspectivas para a análise da relação entre humanos e não humanos podem ser abertas com o tratamento das “artes da domesticação”, evitando-se oposição apriorística entre técnica e arte.

Palavras-chave: relações humano-animal; domesticidade; familiarização; arte; estética.

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