Priscila Faulhaber, “The production of the Handbook of South American Indians Vol 3 (1936-1948)”

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FAULHABER, Priscila. “The production of the Handbook of South American Indians Vol 3 (1936-1948)”. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 9, n. 1. January to June 2012. Brasília, ABA. Available at https://vibrant.org.br/issues/v9n1/priscila-faulhaber-the-production-of-the-handbook-of-south-american-indians-vol-3-1936-1948/

Abstract

This paper discusses the intellectual division of labor between US scholars and the ethnographers researching in the field who together produced Volume 3 of the ambitious Handbook of South American Indians, entitled “Tropical Forest Tribes” (1936-1948). Julian Steward, the book’s editor, was an Anthropologist with a sociological approach. At the time, he was also involved in conceptual conflicts between scientific policies and collaboration in government programs. Here I focus primarily on the relationship between Steward and the volume’s contributors, specifically the hierarchical attitude that led to an asymmetrical classification of contributors like Curt Nimuendajú, taken as producers of ethnographic data. Researchers who lived in Brazil at the time were conceived as ‘minor’ authors by the editor compared to those held to be academic scholars, i.e. those who directed research and university-level academic training at US institutions. The production of this volume thus reiterated an intellectual division of labor between armchair scholars and fieldwork collectors of ethnographic artifacts for museums.

Keywords: South American Indians, Intellectual Division of Labor, Scientific Hierarchies, Social Anthropology, Cultural Translation

Resumo

O presente trabalho discute a divisão intelectual do trabalho entre pesquisadores dos Estados Unidos e os etnógrafos que faziam pesquisa de campo que produziram juntos o volume 3 (Tribos das Florestas Tropicais) do ambicioso Handbook of South American Indians(1936-1948). Julian Steward, o editor do livro, era um antropólogo que trabalhava com uma abordagem sociológica. Na época, ele também se envolveu com conflitos conceituais implicados com as contradições entre as políticas científicas e a colaboração em programas governamentais. Eu focalizo aqui primariamente na relação entre Steward e colaboradores do volume, especialmente a atitude que levou a uma classificação assimétrica de autores como Curt Nimuendajú, tomados como produtores de dados etnográficos. Pesquisadores que viviam então no Brasil eram considerados como autores menores em comparação com os considerados “acadêmicos”, que ensinavam e orientavam pesquisas de pós graduação nas universidades americanas. A produção deste volume reiterou, portanto, a divisão intelectual de trabalho entre pesquisadores de gabinete e coletores de artefatos etnográficos para museus.

Palavras-chave: Índios Sul Americanos, Divisão Intelectual do Trabalho, Hierarquias Científicas, Antropologia Social, Tradução Cultural

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