João Miguel Sautchuk, “Poetic Improvisation in the Brazilian Northeast”
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SAUTCHUK, João Miguel, Poetic Improvisation in the Brazilian Northeast. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 8, n.1. January to June 2011. Brasília, ABA. Available at http://www.vibrant.org.br/issues/v8n1/joao-miguel-sautchuk-poetic-improvisation-in-the-brazilian-northeast/
Abstract
This study concerns the singing called repente or cantoria, a modality of improvised sung poetry, practiced in the Northeast region of Brazil. Its practitioners are called repentistas, cantadores or violeiros, and they always sing in duets, alternating in the composition of strophes according to strict parameters of meter, rhyme and thematic coherence. There is a set of rules formulated for this purpose, but the repentistas improvise their verses on a practical basis, such as the poetic rhythm incorporated. The improvisation places the repentista in relation to aesthetic models, such as the rhythm of the poetry, the melodic patterns and the singing rules, at the same time it puts him into a dialogue with the other singer and with the expectations and reactions of the audience. The improvisation, therefore, is not only the poetic creation, but also the unfolding of a game of interaction between the poets and the other participants in the singing situation.
Keywords: improvisation, sung poetry, repente, cantoria, Brazil – Northeast region
Resumo
Este estudo aborda a cantoria, ou repente, uma modalidade de poesia cantada e improvisada praticada na região Nordeste do Brasil. Seus poetas são denominados repentistas, cantadores ou violeiros, e sempre cantam em duplas, alternando-se na composição de estrofes sguindo padrões bastante rígidos de métrica, rima e coerência temática. Há um conjunto de regras explicitadas em torno desses padrões, mas os repentistas improvisam seus versos com base em um fundamento prático, que é o ritmo poético incorporado. O improviso coloca o repentista em relação com modelos estéticos como o ritmo da poesia, os padrões melódicos e as regras da cantoria, ao mesmo tempo em que o põe em diálogo com o outro cantador e com as demandas e reações da platéia. O improviso, portanto, não é apenas a criação poética, mas também o desenrolar de um jogo de interação dos poetas com os outros sujeitos na situação da cantoria.
Palavras-chave: improviso, poesia cantada, repente, cantoria, Brasil – região Nordeste