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ONTO, Gustavo, “The market as lived experience: On the knowledge of markets in antitrust analysis”. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 11, n. 1. January to June 2014. Brasília, ABA. Available at https://vibrant.org.br/issues/v11n1/gustavo-onto-the-market-as-lived-experience-on-the-knowledge-of-markets-in-antitrust-analysis/
Abstract
This article describes some of the reported thoughts, anecdotal observations and analytic practices of advisors and commissioners working at the Brazilian antitrust body (CADE) regarding the markets, industries, sectors – i.e. the economic world – which they aim to understand and regulate. The activity of these professionals primarily requires an evaluation of certain market characteristics in order to establish strategies for the investigation of allegations of anti-competitive market practice and for passing judgment on administrative cases filed before the antitrust tribunal. Based on interviews with these professionals and participant observation of their analytical work, this article seeks to describe modes of knowing and conceiving markets which are parallel to the modes officially and more explicitly relied upon by antitrust bureaucrats. We present these lateral modes of knowing as a set of personal lived experiences and compare them to ethnographic practices of knowledge production, in order to reflect on the importance of lived experience in the anthropological and sociological literature on markets.
Keywords: market; lived experience; para-ethnography; knowledge; antitrust; CADE.
Resumo
Este artigo descreve algumas reflexões, histórias e práticas analíticas de assessores e conselheiros do órgão antitruste brasileiro (CADE) a respeito dos mercados, setores, indústrias – ou seja, do mundo econômico – que eles buscam compreender e administrar. A atividade desses profissionais exige, principalmente, uma avaliação de determinadas características de mercados para que se possa estabelecer uma estratégia de investigação de alegações de práticas anti-competitivas de mercado e para que se possa julgar os casos sob responsabilidade deste tribunal antitruste. A partir de entrevistas com esses profissionais e de observação participante do trabalho analítico por eles executado, procura-se ressaltar modos de conhecer e conceber os mercados que são paralelos àqueles utilizados oficialmente e mais explicitamente pelos burocratas da autoridade antitruste. A descrição desses modos laterais de conhecer, que aqui aparecem como um conjunto de experiências vividas – pessoais e familiares –, é posta em relação com as práticas etnográficas de produção de conhecimento, tendo em vista refletir sobre a importância da experiência vivida na literatura de antropologia e sociologia dos mercados.
Palavras-chave: mercado; experiência vivida; para-etnografia; conhecimento; antitruste; CADE.