• Ana Amélia Camarano, Living longer: Are we getting older or younger for longer?

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    Ana Amélia Camarano, Living longer: Are we getting older or younger for longer? in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 13, n.1. January to June 2016. Brasília, ABA. Available at http://www.vibrant.org.br/issues/lastest-issue-v-13-n-1-01-062016/ana-amelia-camarano-living-longer-are-we-getting-older-or-younger-for-longer/

     

    Abstract

    Since the second half of the 20th century survival has been democratised in most countries. More and more people reach an advanced age. The objective of this paper is to discuss how phases of the life cycle are being re-defined in the context of a world in transformation: the universalization of social security that guarantees income for older people; technological advances that have increased the velocity of communication and the demand for continuing education; medical advances; and changes in family organization such as an increase in divorce rates, re-marriage and unions between people of the same sex. Even so, the biological changes that accompany ageing have not changed since Antiquity, in spite of hopes for a longer life. These changes occur later in life and more people live through them. Yet people continue to retire at more or less the same age. This suggests the creation of a new post retirement life phase that is distinct from adult life and the phase of fragility. We remain young for longer; indeed youth has been extended. We do not know whether this new phase will be experienced by all people. But if that becomes the case, why not include it as part of adult life?
    Keywords: old age, retirement, active ageing, life cycle, third age.

    Resumo

    A partir da segunda metade do século passado, a sobrevivência democratizou-se em grande parte dos países do mundo. Mais e mais pessoas estão alcançando as idades avançadas. Este trabalho tem por objetivo discutir como as fases da vida estão sendo re-desenhadas em face dessas mudanças num mundo que também se transforma: a universalização da Seguridade Social que garantiu renda para os idosos; o avanço tecnológico que aumentou a velocidade das informações e a demanda por uma educação continuada; avanços médicos; e mudanças familiares, com o aumento dos divórcios, dos recasamentos e das uniões homoafetivas. No entanto, as características biológicas das pessoas que envelhecem continuam as mesmas desde a Antiguidade, não obstante os grandes ganhos observados na esperança de vida. Mudou a idade em que se iniciam e, principalmente, o fato de que cada vez mais pessoas a vivenciam. O seu adiamento não foi acompanhado pela idade em que as pessoas se aposentam. Isto resultou num aumento da fase pós-laboral e justificou a criação de uma nova fase da vida distinta da vida adulta e da fase das fragilidades. Assim sendo, estamos ficando jovens por mais tempo; a juventude foi oficialmente prolongada. Ainda não se sabe se essa nova fase vale para todos. Se valer, por que não adicioná-la à vida adulta?
    Palavras-chave: velhice, aposentadoria, envelhecimento ativo, ciclo de vida, terceira idade.